P: “Tenho acesso a quatro tipos de testosterona: cipionato, enantato, propionate e suspensão. Posso adaptar a sua utilização para meu benefício ou a forma como os utilizo não faz qualquer diferença?”
R: A principal diferença prática entre estes tipos de testosterona é a sua duração de ação.
Existe também algumas diferenças na quantidade real de testosterona contida por miligrama do fármaco. Por ordem decrescente da concentração de testosterona temos: suspensão, propionato, enantato e cipionato.
Contudo, em termos práticos, eu sugeriria que se ignorasse isto! Muito raramente alguém leva isto em conta quando seleciona a sua dose de testosterona. É um fator que pode ser ignorado sem qualquer problema.
A ordem indicada acima está também de acordo com a duração de ação, da menor para a maior.
Em termos práticos, o cipionato e o enantato de testosterona podem ser considerados equivalents. A meia-vida do enantato é de cerca de 4 a 5 dias, enquanto a do cipionato é provavelmente um dia maior. De igual forma, ambos são eliminados do organismo a uma velocidade relativamente baixa no final do ciclo, originando um período em que os níveis não são suficientemente altos para permitir ganhos adicionais, nem baixos o suficiente para permitir a recuperação.
O propionato de testosterona tem uma meia-vida muito menor de provavelmente apenas 2 dias. Como consequência, a eliminação do propionato de testosterona no final de um ciclo é rápida.
Por meia-vida, refiro-me ao período de tempo no qual os níveis de fármaco decrescem em 50%. Por exemplo, se um fármaco tem uma meia-vida de um dia, então, um dia após a sua administração os seus níveis terão caído para metade, após dois dias para um quarto, após três dias para um oitavo, etc.
A suspensão de testosterona tem uma duração de ação variável, de pelo menos vários dias e até pelo menos uma semana. O padrão de redução dos níveis é, no entanto, diferente do dos fármacos que têm uma meia-vida. Nesta situação, o que acontece é que as partículas do fármaco dissolvem-se lentamente e diminuem também lentamente. À medida que as partículas encolhem e a sua área de superfície diminui, a sua libertação é mais lenta. Todas as partículas irão, em determinado momento, desaparecer. Quando quase todas se tiverem dissolvido, a duração de ação da suspensão chega ao fim.
Devido à forma como isto funciona, a duração está dependente do tamanho das partículas na suspensão e isto varia entre os produtos. De uma maneira geral, porém, os produtos que são mais leitosos, que demoram mais tempo a sair da solução e passam facilmente através da agulha mais fina terão uma duração de ação inferior à dos produtos mais grosseiros.
Uma boa suspensão de testosterona pode ser usada de modo similar ao propionato de testosterona.
Eu recomendaria que guardasse o propionato e a suspensão para serem utilizados no final do ciclo, para permitir uma transição mais rápida dos altos níveis, que possibilitam os ganhos, para os níveis mais baixos, que permitem a recuperação. Não há qualquer objetivo em perder tempo depois da última injeção, em que os níveis são demasiado altos para permitirem a recuperação, mas são demasiado baixos para permitirem ganhos adicionais. Aliás, não só não há nenhum objetivo, como ainda tem uma desvantagem: impede a recuperação.
O uso estratégico de ésteres de propionate e da suspensão no final do ciclo contribui para uma rápida recuperação.
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