P: “Que recomendações tem para as mulheres que querem fazer ciclos de esteróides em termos de duração? Devem ser equacionados os mesmos factores que no caso dos homens? Os conceitos do ciclo de 2 semanas também se aplicam, ou existe a mesma relevância em limitar a duração como existe para os homens?”
R: Quando se tem que decidir o número de ciclos de esteroides anabolizantes a fazer, as preocupações que as mulheres têm são quase completamente diferentes das que os homens têm.
No caso dos homens, os factores normalmente a ter em conta são o equilíbrio entre os resultados anabólicos face à supressão a longo prazo da produção natural de testosterona e face aos efeitos adversos sobre a saúde, como o aumento do risco cardiovascular. Para as mulheres, estes fatores incluem um ou mais dos seguintes: equilibrar os resultados anabolizantes com o risco de virilização, os efeitos psicológicos indesejáveis, a perturbação do ciclo menstrual e as variações na composição ou peso corporal. Ou seja, o conjunto de preocupações é quase inteiramente diferente.
No que concerne aos ciclos de duas semanas, o benefício de que os homens usufruem da rápida recuperação da produção natural de testosterona não se aplica neste caso. Não conheço nenhuma mulher que tenha feito um ciclo de 2 semanas e nunca recomendei tal coisa. O único motivo de que me lembro que possa tornar este ciclo apropriado para uma mulher é se ela desejar fazer os ciclos de esteroides em sincronização com os seus ciclos menstruais, por qualquer razão pessoal – como, por exemplo, evitar ao máximo perturbar os ciclos naturais.
Quero deixar completamente claro que isto seria apenas para mulheres altamente experimentais, que não se importam de tentar algo que, tanto quanto sei, nunca foi feito. Não recomendo fazê-lo, antes a única razão pela qual eu consigo identificar para que se escolha um ciclo de 2 semanas – visto que perguntou se as mulheres poderiam fazer este tipo de ciclos.
Enquanto segunda opinião, a minha mulher refere que é provável que esse tipo de ciclo seja um inferno para a mulher ou, mais provavelmente, para o seu marido. Mas ainda assim, é preciso experiência prática para saber isso; uma teoria, como é o caso, apenas pode indicar se vale a pena ou não tentar os esteroides anabolizantes. Na maioria dos casos, ou em quase todos, eu diria que não vale a pena tentar. Mas qualquer mulher poderá tirar uma conclusão diferente, consoante a sua situação.
No que concerne à limitação da duração para evitar uma supressão prolongada, mais uma vez este fator difere entre homens e mulheres. Na minha opinião, é mais seguro para uma mulher utilizar uma baixa dose de esteroides anabolizantes continuamente, ou quase continuamente, desde que existam análises sanguíneas que comprovem que esse uso não compromete o estado de saúde, ao invés de utilizar elevadas quantidades por períodos de tempo que alternam com períodos durante os quais as substâncias não são tomadas.
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