P: “A fim de não ter que injetar tantos mL de esteroides anabolizantes por semana, gostaria de combinar os materiais de uma combinação numa só preparação. Quais as combinações que são boas, quais as que são inúteis e quais devo evitar? Qual é a concentração máxima razoável?”
R: É obviamente possível combinar diferentes esteroides anabolizantes num único produto injetável. O Sustanon é um exemplo de um produto farmacêutico que resulta precisamente disso.
É, no entanto, uma área em que tem que se ter cuidado em alguns aspetos. Primeiro, a mistura é irreversível. Se não estiver satisfeito com a mistura, pode estragar por completo todo o lote. Por exemplo, eu estava com o undecilenato de boldenona (Equipoise) e adquiri algum acetato de boldenona para usar em ciclos curtos. Cometi o erro de, a primeira coisa que fiz foi incorporá-lo numa mistura. Embora já achassse que este tipo de combinação fosse, em geral, má prática, naquele momento simplesmente não tinha paciência para fazer preparações separadas. Pesar todos os materiais ao mesmo tempo e fazer uma só solução era o mais fácil.
Todavia, aquilo que eu não sabia era que o acetato de boldenona iria transformar tudo numa injeção demasiadamente dolorosa.
Existem muitos outros exemplos do que pode correr mal numa combinação.
Assim, em primeiro lugar, é importante que uma mistura seja feita apenas com produtos com que esteja familiarizado, e em proporções que saiba serem adequadas para sim e o seu objetivo particular.
Em segundo lugar, não é desejável atingir uma concentração total demasiado elevada. Geralmente, penso que 250 mg/mL constitui um máximo razoável, mas há quem eleve isto até aos 300, o que pode ser ainda totalmente razoável. Mas para além disso, eu diria que não. Concentrações totais ainda maiores podem causar dor no sítio da injeção.
Basicamente, é possível obter bons resultados com qualquer combinação que, com os materiais individuais, verificou que é boa e que se mantém dentro da concentração total supramencionada.
A utilização mais eficiente é aquela em que um ou mais materiais estão a uma dose baixa. Por exemplo, o propionato de testosterona está normalmente a não mais de 100 mg/mL, sendo que uma dose mais baixa é ainda mais desejável pelo facto de ser menos dolorosa. Da mesma forma, o acetato de testosterona está tipicamente a uma concentração de apenas 100 mg/mL. Se pretender uma combinação de testosterona mais concentrada e de curta duração, combinar o propionato de testosterona com o acetato de testosterona é muito eficaz, permitindo uma concentração total de 150 a 200 mg/mL.
Uma utilização inútil passa por combinar diferentes ésteres do mesmo esteroide quando não existe necessidade de aumentar a concentração necessária. Por exemplo, não faz sentido combinar enantato de testosterona e cipionato de testosterona na mesma injeção.
O Sustanon pode parecer um contra-exemplo disso, e em termos de prática médica é mesmo. A sua combinação de ésteres permitir ter tanto benefício imediato como algum benefício durante todo o período entre consultas. Nem um éster de curta duração nem um éster de longa duração conseguiriam fazer isto. Porém, para auto-utilização, fazer injeções mais frequentes como duas a três vezes por semanas, combinadas com uma dose inicial elevada, proporcionar benefícios imediatos e continuados sem exigiri nenhuma combinação de ésteres.
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