P: “Tenho alguns grupos musculares desfasados, especialmente os triceps, os jarretes e o trapézio. Existem esteroides anabolizantes que funcionam melhor para alguns músculos do que para outros? Existem alguns que deva escolher tendo como alvo os grupos musculares que referi?”
R: Se existe uma diferença na eficácia dos esteroides anabolizantes em diferentes músculos, essa diferença deverá ser pequena, se é que existe mesmo. Nunca testemunhei tal efeito nem em mim nem em ninguém.
O que pode acontecer é que as melhores partes corporais de um fisioculturista podem responder bem mesmo a doses baixas de esteroides anabolizantes, enquanto as partes corporais mais fracas podem precisar de doses mais altas. Se estiver a tentar equilibrar todas as partes corporais, para a mesma quantidade de esteroides anabolizantes usada por ano eu recomendaria tomar doses maiores durante menos semanas do ano, ao invés de usar doses moderadas durante mais semanas.
Geralmente, um grama por semana será suficiente até mesmo para as partes corporais mais fracas responderem bem. Não tenho qualquer razão para achar que doses ainda maiores irão originar melhorias relativas para as partes mais fracas do que para as partes mais fortes. Aliás, duvido disso mesmo. Não usaria, assim, esse argumento para chegar aos 1400-1500 mg/semana, e nem até 1000 mg/semana. Veja o que acontece a uma dose mais moderada, e aumente-a apenas se chegar a um ponto de estagnação.
Uma estratégia mais importante é o treino de especialização. Por outras palavras, em pelo menos parte do ciclo, como por exemplo 2-3 semanas, tenha mesmo como alvo um grupo muscular desfasado. O corpo tem uma capacidade de recuperação limitada, mesmo com os esteroides anabolizantes. Treinar a maioria do corpo um pouco menos do que o normalmente faria permite treinar as partes desfasas mais do que antes, obtendo assim melhores resultados desse treino.
Convenientemente, ter que desenvolver os jarretes e os isquiotibiais ao mesmo tempo sugere exercícios de peso morto e peso morto Romeno, ambos capazes de promover esse desenvolvimento – assim como “barbell shrugs” e “DB shrugs”, os quais permitem uma maior amplitude de movimento. Empurrar, ao invés de puxar, permite usar ainda mais peso.
Existem muitos conselhos quanto à dimensão dos exercícios para o tricepete, mas em suma, faça tanto exercícios pesados compostos como exercícios de elevado volume a cerca de 20 repetições. É comum os tricepetes ficarem desfasados quando não se incluem exercícios com muitas repetições, ou não se incluem esses exercícios com a devida frequência.
Em termos de volume de treino, quando se pretender focar numa zona do corpo, não me parece excessivo fazer, por exemplo, 40 sets por semana por parte do corpo, embora para um dado exercício composto e forte, geralmente não mais de 10 sets por semana desse exercício é bom.
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