P: “Ao considerar usar um laboratório analítico para testar os esteróides, verifiquei que existem vários tipos de teste como HPLC-UV e GC/MS. Pode falar-me um pouco sobre eles e sobre qual deverei usar?”
R: Ao contrário dos testes colorimétricos (Labmax), que demonstram a ocorrência de algumas reações químicas quando se aplicam algumas misturas de substâncias, o HPLC-UV e o GC/MS procuram separar misturas complexas em componentes individuais, após o que medem as propriedades destes componentes. Esta trata-se de uma forma de teste muito mais confiável.
No caso do GC/MS, os resultados são tipicamente conclusivos. As identificações são positivas sem, essencialmente, qualquer probabilidade de se tratar de um composto diferente do identificado, exceptuando, talvez, quando se trata de outro isómero ótico (um aspeto que não é relevante na classe dos esteroides anabolizantes). O que acontece neste tipo de análise é que, primeiro, o composto sai da coluna de GC no momento correto e, segundo, a “impressão digital” obtida no espectrómetro de massa permite uma identificação positiva.
O GC/MS é tipicamente não quantitativo, ou seja, não são medidas quantidades, pelo não é a forma mais adequada de verificar se um produto tem a dose correta.
No caso do HPLC-UV, se se tratar do composto correto, ele sairá novamente da coluna no momento esperado, mas não será tirada qualquer impressão digital, apenas a quantidade de absorção realizada. Assim, este é um bom teste de quantificação, mas não de identificação, existindo a possibilidade do composto ser diferente do esperado apesar de ter saído da coluna a determinada altura. No caso dos testes aos esteroides anabolizantes, existe um risco muito baixo de que um produto contrafeito saia da coluna na altura correta.
Uma desvantagem de ambas as técnicas é que, em algumas situações, o laboratório irá mesmo identificar a substância que está a testar, pois isso determina o preço a pagar pelo serviço. Isto é, não é comum fornecer apenas os dados sem interpretação. Como tal, é muito provável que não se sintam confortáveis em receber substâncias controladas para análise e, depois, informarem o cliente de que as suas drogas são de qualidade. Eventualmente, poderão mesmo reportar a situação às autoridades.
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